sexta-feira, 13 de junho de 2014

Professor faz lista com 360 termos racistas

          Fotos: Acervo Pessoal:
Incomodado com a quantidade de palavras preconceituosas utilizadas por seus alunos, o professor de biologia Luiz Henrique Rosa, da Escola Municipal Herbert Moses, na Zona Norte do Rio, pediu para que eles escrevessem os termos pejorativos que usavam. O resultado foi uma lista com mais de 600 palavras, sendo 360 delas de cunho racista. A discussão em sala de aula deu origem ao projeto interdisciplinar "Qual é a graça". Em reportagem ao UOL, Rosa disse que após quatro anos de projeto houve redução do bullying e das brigas entre alunos

29 de Maio de 2014 às 19:41

Espelho, Espelho Meu


terça-feira, 10 de junho de 2014

O Desempenho dos Cotistas no ENEM - comparando as notas de corte do SISU

Luiz Augusto Campos

João Feres Júnior

Verônica Toste Daflon

Texto de discussão GEMAA:  

O Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA), do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Uerj (IESP-Uerj), tem o prazer de trazer a público o texto de discussão nº 4 "O Desempenho dos Cotistas no ENEM: comparando as notas de corte do SISU".

O texto analisa e compara os padrões de notas obtidas no ENEM pelos estudantes que se candidataram às cotas nas instituições públicas de ensino superior com aqueles que optaram pelas vagas de ampla concorrência via Sistema de Seleção Unificada (SISU). Os dados do SISU indicam que os temores em relação ao desempenho dos cotistas no ENEM são superestimados e que o desempenho dos cotistas é, de modo geral, próximo do desempenho dos não-cotistas. Ainda que tais diferenças variem de acordo com os diferentes grupos beneficiados pelas cotas, as notas de corte dos cotistas costumam ficar entre dois e sete pontos percentuais abaixo das notas de corte dos não-cotistas. Ao que tudo indica, o sistema de apostas e rodadas adotado pelo SISU contribui para que cotistas maximizem suas escolhas em função de suas notas.

Embora pequenas, essas diferenças de desempenho indicam ainda que as cotas para egressos de escola pública que são pretos, pardos ou indígenas e/ou possuem baixa renda são mais necessárias e prementes que a cota para egressos de escola pública, independentemente da cor ou renda. Os dados sugerem que cotas apenas para oriundos de escolas públicas não seriam suficientes para beneficiar estudantes pretos, pardos e indígenas e/ou de baixa renda, ao contrário do que costuma ser dito no debate público.

Por fim, a dinâmica das notas de corte revelou uma desfuncionalidade do sistema de cotas regulado pela lei 12.771 de 2012. Em 11% dos cursos, a cota não está apenas funcionando como um piso, mas também como um teto para a inclusão de egressos de escola pública, membros de famílias com baixa renda e não-brancos. Em alguns casos, o desempenho desses grupos supera substantivamente o desempenho dos não-cotistas. Mas apesar disso, a presença deles nos cursos fica restrita à cota determinada pela lei.

Por essa razão, assinala-se a urgência da introdução de mecanismos capazes de impedir que isso ocorra. Isso pode ser feito de forma razoavelmente simples. Basta garantir que os cotistas que ficaram abaixo da nota de corte das cotas em cada curso sejam também considerados para a ampla concorrência. Assim, se sua nota for maior do que a nota de corte da ampla concorrência, eles seriam admitidos, aumentando assim o número de estudantes oriundos de escola pública e pretos e pardos e indígenas. Ademais, esse procedimento garantiria que as melhores notas são melhor aproveitadas.

A presente análise coloca um aparente paradoxo. Por um lado, constatamos que a diferença das notas de corte de cotistas e não-cotistas é a relativamente pequena, o que pode dar a impressão que as cotas não estão sendo efetivas em produzir inclusão, afinal os beneficiados são quase tão bem sucedidos no ENEM como os candidatos da ampla concorrência. Por outro lado, nossos estudos mostram que a lei 12.771 está em avançado estágio de implantação, em alguns estados já se aproximando do limite de reservas especificados pela lei, ou seja, parece estar havendo de fato inclusão.

A única explicação capaz de resolver esse problema, evitando assim a perplexidade do paradoxo, é a de que a operação simultânea do SISU sob o regime da Lei de Cotas permite que a política funcione de maneira ótima, maximizando o mérito e a inclusão. Assim, entram os melhores possíveis (daí a pequena diferença de notas) e ainda assim são incluídos os percentuais de reserva cheios para cada grupo de beneficiários.

Para acessar e fazer download do texto, visite o site do GEMAA:
http://uerj.us4.list-manage.com/track/click?u=48f664d641889a824759d32e1&id=147e189940&e=49e6c2b6ab

"O desempenho dos cotistas é, de modo geral, próximo do desempenho dos não-cotistas".


"Cotas apenas para oriundos de escolas públicas não seriam suficientes para beneficiar estudantes pretos, pardos e indígenas e/ou de baixa renda".


"A operação simultânea do SISU sob o regime da Lei de Cotas permite que a política funcione de maneira ótima, maximizando o mérito e a inclusão. Assim, entram os melhores possíveis (daí a pequena diferença de notas) e ainda assim são incluídos os percentuais de reserva cheios para cada grupo de beneficiários".

 




sexta-feira, 23 de maio de 2014

SEDF promove fórum sobre Ensino Religioso

                                  
   
SEDF promove fórum sobre Ensino Religioso Fotos: Aquilino Bouzan
Professores da rede pública de ensino se encontraram no auditório do Museu da República, para discutir o tema “Ressignificando as Práticas Pedagógicas do Ensino Religioso”
Nesta quinta-feira (22), das 14h às 17h, a Secretaria de Educação do Distrito Federal promoveu o Fórum “Ressignificando as Práticas Pedagógicas do Ensino Religioso”. A ação foi uma proposta pedagógica do Grupo de Trabalho do Ensino Religioso, da Coordenação de Educação em Diversidade, vinculada à Subsecretaria de Educação Básica da SEDF. O fórum teve como objetivo garantir o direito dos estudantes aos conhecimentos construídos historicamente pela humanidade.
O encontro apontou para a reflexão do assunto e apresentou o Caderno Temático como Componente Curricular Ensino Religioso da rede pública de ensino do DF. Para a coordenadora de Educação em Diversidade, Ana Marques, discussões como estas trazem à tona valores educacionais importantes. “Este debate, dá às escolas a possibilidade de assumir o papel de implementadora de educação religiosa na grade de ensino”.
A subsecretaria de Educação Básica, Edileuza Fernandes, avaliou o evento como norteador de práticas pedagógicas. “O tema despertou uma importante reflexão e propôs, por meio de um espaço de diálogo com professores, perceber as práticas pedagógicas que podem ser aplicadas durante as aulas de Ensino Religioso”.
Os participantes tiveram a oportunidade de compreender conceitos como laicidade, pluralidade e liberdade religiosa, em consonância com a legislação vigente, pautados nas especificidades e demandas locais. Entre os presentes, estavam os coordenadores de todas as Regionais de Ensino e representantes das unidades escolares.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Ressignificando as práticas pedagógicas do Ensino Religioso

Senhores/as,

informamos que no dia 22 de maio , das 14h às 17h  ocorrerá no Museu da República o Fórum de Discussão "Ressignificando as práticas pedagógicas  do Ensino Religioso".

Objetivo:Refletir a importância das práticas pedagógicas do Ensino Religioso, a fim de garantir o direito dos/as estudantes terem acesso aos  conhecimentos construídos historicamente pela humanidade.

Público alvo:Diretor(a) e vice-diretor(a), Gerente de GREB, supervisor(a) pedagógico, professores(as) ,coordenador(a)  pedagógico , coordenador(a) intermediário de Educação em Direitos Humanos e Diversidade,organização estudantil e família dos(as) estudantes.

Atenciosamente,
Equipe SUBEB

terça-feira, 6 de maio de 2014

Semana de Educação para a Vida - Sugestões NPE




A Semana de Educação para Vida está próxima. Uma forma de deixar a programação ainda mais atrativa é promover visitas a museus. Atividades assim ampliam a visão da dimensão do patrimônio material e imaterial da Capital Federal, auxiliando o estudante a desenvolver uma relação de pertencimento, indispensável na constituição de uma cultura cidadã.

Quais são os principais museus de Brasília? Onde estão localizados e quais são os horários de funcionamento?
Os links abaixo respondem essas e outras perguntas e podem auxiliá-lo na elaboração do melhor roteiro:

Museus de Brasília.
www.museus.gov.br

A página do MPU traz um excelente texto sobre Patrimônio Cultural Imaterial que pode ser utilizado como apoio às atividades desenvolvidas relacionadas a temática.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Documentários - África

VALORES DA GUINÉ



Documentário

“Valores da Guiné” reúne o conhecimento sobre essa parte do continente que vem ganhando destaque: documentário registra as belezas naturais, a gastronomia típica e a cultura guineense.

A partir de relatos em primeira pessoa, vamos conhecer o país pelos olhos de seus filhos.

Acesse:
http://cinegroup.com.br/2013/10/values-of-guinea/

MAMA ÁFRICA


Documentário

Mostrar a África a partir do ponto de vista dos africanos.

Em vez de um continente marcado somente por miséria, guerra e tristeza, o documentário apresenta a alegria e o otimismo do povo africano. O diretor Alê Braga retratou as visões de homens e mulheres de Moçambique, Tanzânia, África do Sul, Senegal, Malaui, Marrocos, Suazilândia, Guiné-Bissau, Cabo Verde e Gana.

Em suas narrativas, os personagens insistem na desconstrução dos estereótipos que condenam a África ao eterno estado de calamidade e mostram que por trás de problemas sociais, políticos e históricos existe uma realidade fascinante.

Acesse:
http://cinegroup.com.br/2013/10/mama-africa/

NOVA ÁFRICA


Factual | 26 episódios

A partir de relatos pessoais, temas como política, economia, cultura popular, tecnologia, meio ambiente, turismo e saúde serão abordados nos 26 episódios da série “Nova África”.

Com uma linguagem jornalística, objetiva e isenta, o programa parte do individual para o coletivo, do contemporâneo para o histórico.

Assim, visita o passado e o presente dos povos africanos e faz conexões com outros lugares – em especial, com o Brasil.


Acesse:
http://cinegroup.com.br/2013/10/nova-africa/


O Artesanato Africano

O Nova África desta semana desvenda o artesanato africano e mostra peças únicas e ricas em referências étnicas, religiosas e culturais. Veja como os artesãos imprimem em cada material produzido um pouco de suas crenças e tradições, e descubra que por trás de cada símbolo escondem-se séculos de história. A viagem começa no Gabão, onde são encontradas as máscaras Ngil, que fazem parte da tradição de várias etnias africanas nos rituais mágicos e de cura praticados por diversas tribos do continente. Quem fala sobre a importância cultural desta arte e de como ela influencia a sociedade é o artista, pintor e grande conhecedor do assunto, o gabonês Minkoe Mi-Nze. Além disso, veja como é a produção artesanal das máscaras Fang, e como da madeira bruta o homem extrai belos trabalhos vendidos a preços de ouro para países europeus e americanos. Já na Suazilândia, acompanhe a visita a uma fábrica que há 30 anos produz velas artesanais inspiradas na fauna africana, e conheça uma fábrica de cristais mundialmente conhecida por suas peças de vidro. De lá, o Nova África segue para o Malawi, onde a máscara Nyau é de extrema importância para povo Chewa. O chefe de tradições Njenwa explica como o ritual Gule Wankulu ajuda as pessoas a se manterem em sua cultura e a respeitar os seus valores. Segundo a tradição, o rito transforma homens em espíritos através das mascaras. Quem também fala da importância das máscaras Nyau e do Gule Wankulu na cultura Chewa é o ex-vice presidente do Malawi e conselheiro do rei Chewa, Justin Malewezi. Ele conta como suas tradições representam parte de uma África que resiste ao abandono de suas histórias e de suas referências. Por fim, o programa vai ao Marrocos para conhecer o sapateiro Daudí, que já recebeu diversos prêmios pelo trabalho que realiza com o couro e já viajou meio mundo expondo e vendendo bolsas e sapatos feitos à mão. http://tvbrasil.ebc.com.br/novaafrica/episodio/o-artesanato-africano.
Acesse:
http://tvbrasil.ebc.com.br/novaafrica/episodio/o-artesanato-africano

quinta-feira, 6 de março de 2014

Oscar Winner Lupita Nyong'o Speech on Black Beauty Essence Magazine Blac...

O DISCURSO DE LUPITA NYONG’O E A COR DA BELEZA VERDADEIRA Tradução do discurso de Lupita: “Eu queria aproveitar esta oportunidade para falar sobre beleza. Beleza negra. Beleza escura. Recebi uma carta de uma menina e gostaria de compartilhar uma pequena parte dela com vocês: “Querida Lupita, acredito que você é muito sortuda por ser negra e ter sucesso tão rapidamente em Hollywood. Estava quase comprando o creme ‘Dencia’s Whitenicious’ para clarear minha pele, quando você apareceu no mapa e me salvou”. Meu coração sangrou um pouco quando li estas palavras. Nunca poderia imaginar que meu primeiro emprego depois da escola seria tão poderoso e me tornaria numa imagem de esperança, da mesma forma que as mulheres de “A Cor Púrpura” foram para mim. Me lembro de uma época quando eu também me sentia feia. Eu assistia TV e só via brancas, fui provocada e insultada por ter a pele da cor da noite. Minha única prece para Deus, o milagreiro, era acordar com a pele clara. O dia amanheceria, eu estaria tão empolgada que me recusaria a me olhar até estar em frente a um espelho e ver pela primeira vez meu rosto claro. E todos os dias eu experimentava o mesmo desapontamento de ser tão negra como era no dia anterior. Tentei negociar com Deus: disse que pararia de roubar cubos de açúcar à noite se ele me desse o que eu queria; escutaria todas as palavras da minha mãe e nunca mais perderia meu moleton novamente se ele me fizesse um pouco mais clara. Mas acho que Deus não se impressionou com minhas barganhas porque Ele nunca me escutou. Quando era adolescente, minha falta de amor próprio ficou pior, como acontece normamente nesta idade. Minha mãe me lembrava com frequência de como me achava bonita mas isso não me consolava. Ela é minha mãe, é claro que ela deveria me achar bonita. E então Alek Wek apareceu na cena internacional. Uma modelo famosa, escura como a noite, que estava em todas as passarelas e em todas as revistas, e todos estavam falando em como ela era linda. Até a Oprah disse que ela era bonita – e isso tornou tudo um fato. Eu não conseguia acreditar em como as pessoas estavam achando bonita uma mulher que se parecia tanto comigo. Minha pele sempre foi um obstáculo a ser superado, e de repente, Oprah estava me dizendo que não era. Foi desconcertante e eu queria rejeitar isto porque estava começando a curtir a sedução da inadequação. Mas uma flor não poderia deixar de florescer dentro de mim. Quando vi Alek, vi um reflexo de mim mesma que não poderia negar. Agora, tinha uma mola em meus pés e me sentia mais vista, mais apreciada pelos guardiões da beleza, mas a minha volta a preferência pelas peles claras continuava a mesma. Para os espectadores que eu achava que eram importantes, eu ainda era feia. Minha mãe diria novamente, “Você não pode comer beleza. Isto não te alimenta”. E essas palavras me atormentavam e me incomodavam, eu não as entendia realmente até finalmente descobrir que beleza não era algo que poderia adquirir ou consumir, era algo que eu simplesmente tinha que ser. E o que minha mãe queria dizer quando falava que não se pode comer beleza, era que não se pode confiar em como se aparenta para sustentar quem você é. Beleza fundamental é a compaixão com você mesmo e com aqueles ao seu redor. Este tipo de beleza infla o coração e encanta a alma. Foi o que deixou Patsey (sua personagem em 12 Anos de Escravidão) com problemas com seu mestre, mas foi também o que deixou sua história viva. Nós lembramos da beleza do seu espírito mesmo depois da beleza do seu corpo já ter desaparecido. Então, espero que minha presença em sua tela e nas revistas, posso levar você, garota, para uma jornada similar. Que você possa sentir a validação da sua beleza exterior, mas também leve a sério a importância da beleza interior. Esta beleza não tem cor.” ESTE POST ESTÁ ARMAZENADO NAS TAGS: LUPITA NYONG

domingo, 16 de fevereiro de 2014

6º Congresso Nacional do MST


Crianças do Movimento Sem Terra ocupam MEC



 (Ed Alves/CB/D.A Press)


Professores de áreas rurais e crianças Sem Terrinha ocuparam, na manhã de quarta-feira (12/2) o Ministério da Educação (MEC). Segundo informações da página do MST na internet, eles se manifestam contra o descaso com a educação e reivindicam a construção de 400 escolas nos assentamentos da reforma agrária.
 
As denúncias do movimento está o fechamento de 37 mil escolas no campo nos últimos 12 anos, a ausência de políticas de erradicação do analfabetismo e desvalorização dos profissionais da educação. As crianças produziram uma carta-manifesto.

Os integrantes do MST planejam uma marcha às 14h, que sairá do Ginásio Nilson Nelson em direção à Esplanada dos Ministérios. O objetivo é denunciar o que o MST considera como “estagnação da reforma agrária no Brasil”. Segundo o movimento, apenas 7.274 famílias foram assentadas em 2013, em contraponto com dados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que indicam 30 mil assentamentos.